Ferraria do Bila: Uma história de mais de 60 anos

      
           Quem passa pela Rua Waldir Ortigari, perto do Ginásio de Esportes, no centro de Lebon Régis, não imagina que ali, nos fundos de uma residência, exista uma ferraria que há mais de 60 anos vem resistindo às modernidades e ainda trabalha o ferro da maneira antiga. Conhecida como Ferraria do Bila, ela surgiu antes mesmo da fundação do município de Lebon Régis, no final da década de 50, sendo comprada pelo Sr.  Albano Dolberth (Bila) do Sr. Arquia. Atualmente a Ferraria é dirigida pelo Sr. Ari Peretti, que iniciou no ofício de ferreiro por volta de 1977 e até hoje vem desenvolvendo esta atividade,  realizando vários serviços com ferro e madeira. 
      A Ferraria conta com diversas máquinas antigas e curiosas. Dentre elas podemos destacar: Furadeira de bancada; Fita para serrar madeira (estrutura em madeira); Desempenadeira; Tupia; Bigorna; Talhadeira corta-frio; Morsa; Forja (esquenta ferro); Martelete; Furadeira manual (Pua); dentre várias outras.
     O Martelete merece um destaque especial. É uma máquina muito antiga, que conforme Seu Ari, tem mais de 70 anos. É muito interessante ver seu funcionamento e como é importante para o ferreiro, pois auxilia para dar forma ao ferro. 
          Aproveito o espaço para parabenizar ao Seu Ari Peretti, por manter vivo o ofício de ferreiro, trabalhando por tantos anos em nosso município moldando o ferro da maneira antiga. Vale a pena fazer uma visita ao Seu Ari e conhecer seu trabalho e suas antigas máquinas.
           Confira as fotos e o filme da Ferraria do Sr. Ari. Aproveite:


Seu Ari durante seu ofício.

Martelete


Forja (esquenta-ferro).

Forja (esquenta-ferro).

Talhadeira (corta-frio).

Ari mostra orgulhoso suas ferramentas.

Morsa.

Bigorna.

Morsa.

Fita para cortar madeira.

Desempenadeira.

Lixadeira.

Fita com estrutura em madeira.

Martelete.

Martelete.

A Ferraria.

Furadeira de bancada.

Fachada da Ferraria.

Sr. Ari Peretti.

Placa indica que Martelete foi fabricado no Paraná.

Furadeira manual (Pua).
        


Comentários

Anônimo disse…
Parabéns ao Seu Ari. Histórias de nossa velha cidade.
EVERALDO PERETTI disse…
PARABÉNS MEU TIO POR MANTER VIVA ESTA ARTE MILENAR JA QUASE ESQUECIDA E DE TÃO GRANDE IMPORTÃNCIA.
Anônimo disse…
...Parabéns, essa é uma boa lembrança.
Anônimo disse…
Muito legal. Parabéns ao sr. Ari e também ao pessoal do blog pela matéria. Muito bacana vocês registrarem a história e os moradores da cidade! Continuem assim.
Everton Cezar do Prado disse…
Parabens pela iniciativa do blog! sou neto do primeiro proprietario seu Alquias Cezar do Prado, lembro dessa ferraria de quando era criança e de meu avo temperando aros de carroças!
Delili Tibes disse…
Me lembro ainda quando pequeno o Pai ia fazer alguma peça para o caminhão com Sr. Bila, e eu ficava admirado com as traquitanas que tinha por lá! Parabéns pelo registro!
estava olhando as fotos, meu pai teve essa profissão, ele quis me ensinar, mas eu não me interessei devido a ser um serviço pesado, ele herdou a profissão do meu avô, porém eu não tenho e não guardei nenhuma foto daquele tempo, quando estava na adolescência, muito ajudei ele a ferrar roda de carretas de boi, ele fazia o concerto dessas rodas e colocava a ferragem, ele tinha também onde nos morávamos um forno onde ele produzia carvão para a forja, aquilo era terrível pois fazia muita fumaça quando ele colocava em funcionamento, ele tinha bigorna, morça, a forja era com foliz manual, furadeira de bancada manual, tenho muita saudade daquele tempo, ele tinha firma registrada, FERRARIA DA DIVISA, todo mundo da região conhecia o ferreiro, como ele era chamado

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